Sexta-feira, 22 de Dezembro de 2006
A mim parece-me que há alguma dificuldade em perceber o verdadeiro
sentido da questão.
Somos um país que quer parecer democrático mas não é, quer parecer
liberal mas não é, quer ser evoluido e civilizado e está muito longe
de o ser, pelo menos a nível de mentalidades.
Não podemos ser egoistas e hipocritas desta maneira, para ignorar este
problema de saúde pública que se está a passar à nossa volta, com
desconhecidos, conhecidos, vizinhos, amigos, familiares ou mesmo até
connosco.
É importante, dar condições a quem tem que praticar um aborto, opção
de escolha. Neste momento não há opção. Ou se faz um aborto em
péssimas condições ou se faz um aborto em más condições. E ainda é
condenada por fazê-lo.
Se me perguntarem se sou a favor do Aborto, respondo com um NÃO
seguro. Mas ao ser questionada se sou a favor da despenalização do
aborto, respondo com um SIM firme. Eu nunca praticaria este acto, mas
não posso ser hipocrita ao ponto de ignorar a sociedade que me rodeia
e onde os meus filhos irão crescer.
Para finalizar, a despenalização do aborto, não vai obrigar ninguém a
praticá-lo.
M. cumprimentos,
Cristina Martinho
De Zé da Burra a 22 de Dezembro de 2006 às 15:12
Cristina Martinho
Concordo consigo! Assim está bem!
Feliz Natal pra você!
De johnny a 22 de Dezembro de 2006 às 15:29
love u Chris ;)
feliz natal tb :P
De Filipa Pinheiro a 23 de Dezembro de 2006 às 15:20
mas então que pais irá ser este se o IVG for em frente?portugal ainda n tem condições para isto, quando mihares de jovens usam a pilula do dia seguinte como metodo contraceptivo.há inumeros metodos contraceptivos os jovens n se protegem pq?falta de informação não é!falta de responsabilidade talvez.
De Zé da Burra a 27 de Dezembro de 2006 às 17:36
O IVG/Aborto não é um método contraceptivo, mas uma última instância de recurso, do género de Supremos Tribunal a que se acorre como solução de desespero final. Defendo, por isso, que seja pago, salvo excepções... E ficará bem mais caro do que qualquer método contraceptivo.
Já calculou o mal que faria à saúde da mulher que abortasse a torto e a direito, porque, se não quizesse ter mais filhos e tivesse uma vida sexual normal, teria que o fazer regularmente. Não era este mês ara daqui a dois ou três... Não seja tola!
Eu não desejaria casar com uma mulher assim tão fundamentalista, a não ser que você tivesse meios económicos para dar a todos um futuro condigno. Eu não desejaria fazer como algumas raças que não se preocupam em preparar um futuro prá sua descendência, que até abandona cedo a escola.
O que acontece normalmente é dizerem que não os fazem e fazê-los ÀS ESCONDIDAS, SEM QUE NINGUÉM SAIBA!
De Cristina Martinho a 28 de Dezembro de 2006 às 23:55
Este tipo de comentário é próprio de uma pessoa que não tem a mínima noção do que é uma família típica portuguesa, classe baixa. Estas questões e outras são muito mais complicadas, não são assim tão lineares. São pessoas que infelizmente, não tiveram acesso à educação e informação que se calhar a Filipa teve. Não tiveram uma infância saudável, ao contrário, traumática e dura. Situações como o pai que viola a filha, toda a gente sabe e é normal, a filha com 10 anos que se prostituí, toda a gente sabe e é normal... A mãe que traí com o cunhado, o pai sabe e é normal. Não é falta de esperteza é uma questão de mentalidade que já vem de pais para filhos. Esta é a realidade de centenas de famílias portuguesas de norte a sul do país.
O aborto legalizado, não será método contraceptivo. Quem optar por praticar este acto, será devidamente acompanhado e observado.
Deixemos as moralidades de parte, cada um sabe o que é melhor para si, neste país democrático e que de "pós-25 de Abril" tem pouco, conforme eu quero ser livre para exprimir esta minha opinião, quero que todos sejam livres para decidirem o que querem fazer com a sua própria vida.
De
vanocas a 28 de Dezembro de 2006 às 11:36
concordo... dera todos pensarem assim..
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