Quinta-feira, 8 de Fevereiro de 2007
Aconselho todos os que vão votar a ler a tese de licenciatura do Dr.Álvaro Cunhal que foi exactamente sobre o aborto.Teve um jurí de tese em que todos os membros eram professores do regime e teve uma classificação brilhante de 16 valores.Pode ser que os catolicozinhos e os meninos e meninas de direita compreendem o porquê do ABORTO.
De Carla a 9 de Fevereiro de 2007 às 11:24
Os partidários do Não têm referido várias vezes que neste referendo está em causa uma liberalização do aborto, e não uma despenalização. Repito quantas vezes forem necessárias: não é verdade. Permitam que vos explique a diferença (que deveria ser óbvia).
Se o que estivesse em causa fosse uma liberalização estar-se-ia a dizer o seguinte: podem fazer os vossos abortos em qualquer sítio (mesmo no vão de escada), pode ser qualquer pessoa a fazê-lo, por qualquer preço, a qualquer altura da vossa gravidez, que não são penalizadas. Não é isso que está em causa no referendo; se fosse, a pergunta acabaria na primeira vírgula. A pergunta do referendo apresenta linites e condições para que ele se realize: por opção da mulher (como diz Vasco Rato, deveria ser por opção de quem?), até às 10 semanas (após as dez semanas já será crime), em estabelecimento de saúde legalmente autorizado (fora desses locais continuará a ser crime). Isto é para mim, bastante claro.
Que fique bem claro: eu não faria um aborto. No entanto, não me parece que tenha qualquer direito de julgar e condenar quem o faz. A lei actual já existe há várias décadas, e não dissuadiu nenhuma mulher de fazer um aborto. E se o Não ganhar, continuará a a não dissuadir.
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